A terceira vertente

A tão afamada política, ou mudou de propósito ou nunca teve a conotação que cogitamos.
            O fato é que há muito se perdeu a esperança que por esta via – via política – poderíamos solucionar os desajustes da nossa sociedade.
            Então aonde chegamos? Talvez no estágio em que conhecemos todos os problemas, porém não atingimos nível de insatisfação suficiente para mover-nos.
            Nossa pobre cidade, infelizmente, elucida com todos os artifícios disponíveis a condição de um povo ludibriado, no entanto, paradoxalmente consciente de seus algozes.
            O leitor confuso deve se questionar... E a consciência de tais desmandos não forja o combustível da busca de mudança? Talvez sim, mas o motor de partida quebrou quando a esperança se esvaiu.
            A esperança foi um dia como uma bateria que fornecia carga para um impulso inicial.
            Porém depois de tantas andanças em caminhos e estradas que pareciam diferentes, mas que levaram lugares comuns, os passageiros da locomotiva cidadania parecem preferir ficar em casa.
            Já apostamos em alguns e depois em outros. Ambos não nos surpreenderam e talvez sim, ultrapassando nossa expectativa de mesquinhez e pouca competência.
            A política no mundo moderno tornou-se um jogo de azar, onde o povo tem perdido.
            Nem governo nem oposição. Neste ano ou para os próximos precisamos de uma terceira vertente. Mas insisto, os membros desta precisam se despir dos valores, status e ambições que já vigoram neste meio.
            Do contrário, o passeio não valerá a pena, afinal, não haverá nada de novo para conhecermos. Eu acredito na construção de uma terceira vertente. Como uma ONG política, que atende o povo em espaços que nem o Estado nem a iniciativa privada puderam chegar.
            Pessoas capacitadas, engajadas e que façam da gestão pública um ofício e não um centro comercial com várias oportunidades de negócio.
            A terceira vertente deve ser uma opção ao povo gonzaguense em meio à escassez de políticos e abundância sanguessugas. Algo como uma frente popular que promova a revolução pelas vias democráticas.
            O povo precisa de uma opção. Já as pessoas de bem, dotadas de bom senso e caráter devem presentear o povo com o que ele mais precisa.
            São Luis Gonzaga  merece mais, melhor e diferente. Merece a terceira vertente.
(TB/

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