MEMORIAS Especialmente para os Saudosistas

Memória.  Está foto foi tirada em 1957 em Barra do Corda. Da esquerda para a direita, Noca e Delzuita, estavam noivos, Nena filha de Pedro Amorim. Eu Wilson aos 7 anos de idade, Juana Bé minha segunda mãe, Juarez, Juracy, e Dorinha colega de Nena e Juracy. Arquivo pessoal.
Memória. Esta hoje maltratada foto foi feita na Praça Melo Uchôa em Barra do Corda  num  domingo a tarde no ano de 1967, isso na época do monóculo que eu aproveitei o filmezinho já um pouco estragado assim mesmo mandei amplia-lo. Na verdade esta lembrança somente vai servir para quem viveu esta época.  A escalação,  da esquerda para a direita. Amélio Queiroz, cria de Eurico Queiros e dona Zenobia,  Belchior hoje um empresário bem sucedido, estas duas garotas eram nossas amigas filhas de dona prata que moravam abaixa da antiga usina de luz, o terceiro homem Cristovam o único de nós que fomos criados no Cai n’água que ainda lá permanece, depois seria eu, o quinto homem que também não se vê o rosto, seria o Riba pau fininho cria de guilnar Salomão, e finalmente Antoninho um colega nosso da cidade de D. Pedro.  Quantas recordações. Arquivo pessoal.          


Prédio histórico construído no centro da cidade  Barra do Corda no finalzinho do século XIX e início do século  XX, conhecido pelo nome de catête.  



 Esse veículo, com se vê escrito em sua frente, fazia a linha de Pedreiras á São Luis lá pelo início da década de 1960. Fonte blog do Elcinho.
 A foto desta aeronave foi feita no aeroporto de Barra do Corda no inicio dos anos 60. Fonte Turma da Barra.
 Esta foto dessa galera gonzaguense, foi feita em meados dos anos 90. Arquivo pessoal.

Esse antigo prédio de Pedreiras que pertenceu a firma Chames Aboud.  Arquivo pessoal.




MOISÉS DA PROVIDÊNCIA ARAÚJO - Maestro - Instrumentalizou o Hino de Imperatriz, cuja letra e música são de José de Ribamar Fiquene. Fundou a Escola de Música Carlos Gomes em 1959, Foi professor de música da Escola Normal Regional Santa Teresinha, na decada de 1960. (Fonte: Enciclopédia de Imperatriz, Edmilson Sanches) . Aqui o ilustre maestro em uma fotografia rara em um desfile cívico com seu instrumento preferido, o saxofone, na rua Godofredo Viana nos anos 1960. Infelizmente já falecido.




Cenário do massacre de Alto Alegre em 1901 
Há cem anos, uma rebelião de índios guajajara, no município de Barra do Corda, resultou no maior massacre de índios contra brancos da história do Brasil. Além dos religiosos italianos - quatro padres e sete freiras capuchinhas - que, cinco anos antes, haviam fundado a Colônia de São José da Providência do Alto Alegre, foram também mortos pelos índios as adolescentes de Barra do Corda e Grajaú que participavam do internato de meninas índias - cerca de 40 -, os lavradores que moravam no povoado e os agricultores das vizinhanças, também surpreendidos pelos ataques. Os guajajara mataram aproximadamente 200 pessoas. Na opinião de estudiosos, a rebelião foi uma reação dos guajajara contra o equivocado processo de evangelização e civilização dos missionários capuchinhos, que exigia o afastamento das crianças das aldeias. "Era uma violência", diz o antropólogo Mércio Pereira Gomes, que está publicando o livro Tenetehara: o índio na História, estudo sobre os guajajaras desde o seu primeiro contato com o colonizador, no século XVI. Na época, o massacre repercutiu em todo o Brasil e foi considerado pelo Papa Leão XIII como “as primícias do século XX”. Maior tribo do Maranhão, com mais de 11 mil índios, os guajajara são ainda hoje, em consequência do episódio, tratados com desconfiança e menosprezo pelas populações dos dois municípios. Os capuchinhos, que no final dos anos 50 tentaram retomar o trabalho missionário em Alto Alegre, desistiram duas décadas depois. Pressionados pelos índios, tiveram que abandonar definitivamente o povoado, em torno do qual foi formada nova aldeia indígena. Para evitar o acirramento dos ânimos, os religiosos, que hoje mantêm um relacionamento cordial com os índios a partir de suas paróquias de Barra do Corda e Grajaú, evitam falar sobre o massacre de 1901. A lembrança daqueles fatos vai limitar-se à celebração de uma missa, hoje, na igreja matriz de Barra do Corda, à qual deverão comparecer lideranças guajajara. A convite de O ESTADO, o jornalista Antonio Carlos Lima, que durante alguns anos conviveu em Barra do Corda com frades capuchinhos e índios guajajara, reconstituiu o episódio e a época em que ocorreu - a virada do século.
Esse corte com essa profundidade nessa rocha e quase um quilometro de extensão, foi feito à braço de garimpeiro na década de 1940 para 50, para desviar um curso de um  pequeno rio  para facilitar a cata do diamante que  era abundante encima da cerra do tepequem no estado de Roraima.     


Esta robusta arvore é um pé de sapucaia que fica no interior de Barra do Corda, no extinto povoado  de   nome Coco dos Tomaz. Esta sapucaieira ficava no terreiro da casa grade, casa do patriarca Ferreira Velho, como era chamado por todos. No Coco dos Tomaz eu passei um pouco de minha primeira infância e lembro-me que debaixo desse pé de sapucaia era o local das brincadeiras. Brincadeiras juninas, ou seja, pular fogueira, passar fogo para ser compadre ou comadre, padrinho ou madrinha, assar batatas aboboras macaxeiras,  brincar de roda, jogar pião e petecas, chuncho,  etc. Depois que todo mundo foi embora pra cidade já passado mais de quarenta anos cem eu ter notícias do Coco dos Tomaz porque também fui embora da Barra do Corda, felizmente encontre-me com parentas que moraram lá, e perguntei se ainda existia o pé de sapucaia e me disseram que sim, tive uma alegria que sei daqui de São Luis Gonzaga e fui dá esse abraço nele e conversar um pouco com ele, perguntei algumas coisas e ele me respondeu silenciosamente mas eu entendi.  Fiz algumas indagações sobre sua idade a pessoas antigas lá do Coco, que hoje moram em Barra do Corda, chegamos a concluir que esta imponente sapucaieira, passa de duzentos anos de idade.        


Esse conjunto de prédios é a antiga usina de beneficiar algodão da firma Chames Abude que funcionou até o início dos anos de 1950 no povoado ribeirinho de nome São Raimundo município de Pedreiras Ma.   



Esse maquinário era de fazer os fardos de algodão, ou seja, a prensa da usina de beneficiar algodão, da firma Chames  Abude que funcionou em São Luis Gonzaga até o inicio dos anos 50. 
Ruínas da casa de bomba que acionava água para refrigerar o motor da usina de beneficiar algodão da firma Chames  Abude, em São Luis Gonzaga. Esse tipo de bombeamento d’água, também era chamado de burro. E depois que a usina foi desativada, lá pelo inicio dos anos 50, a casa que era armada com madeira resistente, passou muitos anos servindo de trampolim para a garotada, que se trepava e pular na água dando pinote de toda sorte. 


A fonte de água do São João do Jensen. Esta fonte d’água tem uma história interessante, essa  água sempre jorrou permanentemente no pé de uma cerra como se vê na foto. Entretanto à um longo tempo atrás, a fonte secou, e a coisa arruinou para os moradores do lugar,sem água, ai o proprietário do lugar homem de muita fé apelou para o santo que dá nome ao lugar, fazendo  uma promessa, pois se a água voltasse a jorrar no pé da cerra, todo ano ele faria uma fasta em homenagem  ao  Santo. Não deu outra, não demorou muito, a água voltou a jorrar no pé da cerra. E dai pra cá nunca mais a fonte secou, e religiosamente todo ano a promessa é paga, com ladainha, procissão e tudo que o Santo tem direito.           
 Esta frondosa árvore de nome atraca, se desenvolveu abraçando esse tanque que era depósito de água para refrigerar o motor de uma usina de beneficiar arroz que existiu nesse local, na  trizidela de São Luis Gonzaga. Pelas indagações que fizemos, esta usina funcionou até os  anos  de  1955. E seus donos foram, primeiro o senhor Santo  Reis, depois vendeu para o senhor Adônis, o qual alem de proprietário da usina, também foi vereador do município. Entre as informações, nos disseram  que a mesma usina também pertenceu ao senhor Zica Fortes. O certo é que este imóvel se resume a esta linda árvore dentro desse tanque.      


Esta maltratada fotografia, foi fita em 1973 na beira do rio mearim em momentos de lazer juntamente com minha turma  em Pedreiras, como vemos ao fundo, o rio e do outro lado a lendária e histórica Rua do motor de taboa. Eu Wilson sou o terceiro da direta para a esquerdo.
    
Esta arvore bicentenária   segundo informações de pessoas antigas da localidade, é uma arvore de nome paparauba, que fica no povoado ribeirinho de nome pau-d’arco. Esta ruína por trás da arvore, era um grade comercio muito movimentado isso nas décadas de 1950 e 60 de propriedade de um senhor de nome, Waldemar Macedo (Seu Vale).  Ai  um pouco mais atrás passa o rio, e havia o porto de seu Vale indispensável das lanchas encostarem pois sempre havia o que desembarcar e que embarcar.  Eu quando trabalhei nas lanchas no inicio dos anos 60, sempre encostava  no porto de seu Vale no pau-d’arco e já admirava essa arvore. Com o fim da navegação, foi também o fim dos grandes comércios ao longo do rio mearim. Já passado mais de 30 anos, eu me encontrei  com um sobrinho de Seu Vale e coversando com ele entre outras coisas perguntei pelo pé de paparauba e ele me disse que estava lá do mesmo jeito e com o  mesmo porte. Não me contive e fui até lá em Pau-d’arco fazer esta foto.   


 Esta fotografia foi tirada em uma festa junina na quadra de esporte de São Luis Gonzaga, em 1985. Onde vemos o saudoso amigo Martim Rodrigues. Arquivo pessoal.


Esta fotografia foi tirada em 1969 em um adversário do Monsenhor Gesso quando ele foi diretor do colégio Correa de Araujo em Pedreiras.  Monsenhor Gesso, era irmão do saudoso ex governador Nunes Freire, e esta garota veio a ser mas tarde a minha esposa. Arquivo pessoal.  
Esta foto foi feita em 1970 eu com 20 anos de idade, ao fundo o rio mearim uma lancha que não lembro seu nome, a antiga ponte sobre o rio onde dá pra vê a poupa de uma lanchinha embaixo do arco da ponte, quantas saudades. Essa ponte caiu em junho de 1984. 


Embarcações recebendo carregamento de fardos de algodão na rampa municipal de Barra do Corda.  Esta fotografia deve ser do inicio dos anos 60. Imagem cedida pelo ambientalista Barra-cordense Enio Pacheco.   
Esta é a lancha de nome Rio Corda, rebocando seus batelões nas águas no alto mearim. Em um trecho do rio denominado Ciganas já pertinho de Barra do Corda. Esta fotografia foi tirada em 1941 e é do acervo do senhor Abraão Martins Jorge em Barra do Corda.


Esta lancha é a draga que faz a limpeza do rio. Está no porto do povoado palmeiral no médio mearim,  essa foto foi feita em 2009 acervo pessoal. 


Garimpando relíquias.  






Em minhas andanças à garimpar relíquias, encontrei  esses objetos na casa de uns parentes meus que moram ai na Barra na estrada do sítio dos ingleses. Que é o descaroçador de algodão, que funciona com duas pessoas, um roda com uma mão e com a outra  mete os  cauchos de algodão entre as moendas. E do outra  lado, a mesma coisa, a pessoa vai rodeado e puxando a pluma, ou seja, de um lado das moendas fica os caroços e do outro o algodão já limpo. Mostramos também a roda de fiar ou fazer a linha, está incompleta, mas dá pra entender, e como a coisa antigamente não era fácil. Depois de novelos e mais novelos de linha, é que ai para o tear para tecer redes e lençóis, e não esquecendo de dizer, que todo esse serviço era das mulheres.          


Estamos no Conduru, um povoado à beira do rio Mearim, a meia-hora de voadeira de Barra do Corda. Comunidade pequena, mas que tem muitas histórias, onde as lanchas paravam e demoravam horas.



Nessa foto, do acervo de Pedrinho Sousa, o registo é de uma casa muito simples, com o pilão e a mão do pilão, a panela de ferro, a trena e o carvão... A simplicidade é também alegria.

Foto do arquivo pessoal de  Pantico, Bar do Antonio Gomes 1982


Final da década de 70, aquivo pessoal











Fotografia feita em 1971 em momentos de orgia na lendária e saudosa boate formiga em Pedreiras - Ma.

Bloco de Pedra que deu origem ao nome da cidade de Pedreiras - Ma
Estão nessa foto, da esquerda para direita: Raimundo José (filho do Leandro Cláudio); João Pedro Freitas (tabelião); Leandro Cláudio da Silva e Iriodes Ramos Mandu. Foto do acervo de Luciane, filha de Raimundo José. Esta imagem foi adquirida em um jornal Barra-cordense denominado Tuma da Barra na internet. E tem tudo haver com o histórico tiroteio que ouve aqui em São Luis Gonzaga em 1963, que foi comandado por esta quarta figura a direita da foto. Para quem não conheceu, este é o famoso cabo Mandu, na época. Calculando pelo traje das criaturas, e pela idade do tabelião que eu conheci, esta foto deve ser da metade dos anos 60. 

www.turmadabarra.com




O TIROTEIO.
Era 1963, segundo ano do segundo mandato de Nonato Veloso na cidade de São Luís Gonzaga, então Ipixuna, estava ainda longe de ser dado o pontapé inicial rumo a sua sucessão mas já se cogitava os nomes dos prováveis cabeças de chapa para a disputa das eleições municipais de 1965: a tabeliã Conceição de Maria Fortes encabeçaria a chapa situacionista, com Wilson Curvina como vice, e pela oposição Alceu Martins seria candidato a prefeito e Pedro Teixeira a vice, tendo estes, substancial apoio dos empresários Dedeus e Natinho Vieira. Sucede que o jovem Raimundo Nonato Carvalho, conhecido por “Bobinho”, letrado professor e ativista político de ideologia subversiva, simpatizante fervoroso da facção política Gonzaguense comandada por Natinho Vieira e Alceu Martins, organizara um time de futebol formado por jogadores das regiões, de Bacabal, Alto Alegre e São Luís Gonzaga, sediado nesta última cidade. Após a recusa do prefeito Nonato Veloso para ser padrinho da nova agremiação esportiva, Bobinho, procurou Alceu, que aceitou o convite. Com o time estruturado, seu idealizador organizou os preparativos com vistas a partida de futebol inaugural. Para tanto foi convidada uma equipe de Bacabal organizada por Raimundinho Gangá, para promover o evento futebolístico. Na concepção de que peleja não tinha apenas caráter esportivo, Nonato Velosa, para demostrar o seu poder de mando, resolveu  não admitir de forma alguma a realização do jogo, muito embora tivesse recebido uma mensagem do deputado estadual por Bacabal, Frederico Leda, que solicitava deste a autorização para liberar o campo de futebol e assim, fosse realizada a partida. Face a interferência do renomado deputado, sabe-se que Nonato teria se recusado acata-la, proferindo que Leda mandava na Assembleia  Legislativa, e em território Gonzaguense, quem mandava era ele, prefeito. Após muitas ponderações feitas pelo empresário e líder politico Alceu Martins, antevendo um iminente empasse, o prefeito, sinalizou com a possibilidade de voltar a trás, na sua decisão. Entrementes, não se sabe motivo a que Nonato Veloso, acionou o aparato policial do município, que contava além da guarnição da Policia Militar com uma milícia municipal, composta pelo delegado nomeado, sr.Antônio  de Souza e uma meia dúzia de guardas formada por Monteiro, Martinzão, França, e outros. Obedecendo a à ordem de aludida autoridade, estenderam uma corda na Rua do xerem, hoje Manoel Carlos Godinho, colocando-a de um lado a outro, e puseram-se a impedir a passagem de quem se aventurasse subir a rua com destino ao Bairro da Pitombeira, onde localizava-se o campo de futebol. Estava, assim, criado o rumoroso impasse. Passavam poucos minutos das 4 horas da tarde, daquele nebuloso dia. Os “cabras” de Natinho e Dedeus, como os populares se referiam na época aos  que trabalhavam em qualquer função para estes empresários, estavam todos a postos na cidade, em atitude de espreita, aguardando o desenrolar dos acontecimentos. Nas proximidades da corda de contenção, criou-se um tumulto, onde os soldados tentaram apreender a faca que o vaqueiro Artinésio Bonfim portava, que destemidamente relutou em não entrega-la, alegando não estar molestando ninguém. Ante a recusa, decidiram prenderam-no. Neste ínterim surgiu o conceituado comerciante Mundico Coutinho, que prometendo-se apresentá-lo na delegacia logo em seguida. O fato ocorrera no inicio da Rua do Xerém, entre um terreno baldio que hoje é ocupado pela mercearia O levizin, e a descida para a Rua do Tamarindo. Mal superado o tumulto, outro embaraço se deu no mesmo local, quando o cearense Zé Teixeira homem da confiança de Natinho e Dideus, assim como Artinésio, montado em uma lambreta ultrapassou bruscamente a corda subindo a Rua do xerém, logo em seguida, faz o sentido inverso do trajeto, e ao passar de volta pelo obstáculo, defronte à descida da Rua do Tamarindo, teve a traseira de sua lambreta chutada pelo cabo Mandu. Como se em resposta à investida do PM, Zé Teixeira saca de seu revólver e montado no veículo dispara um tiro que atinge a perna do guarda municipal José Rodrigues. Precipitando-se sobre a lambreta, o atirador em meio a multidão, tenta evadir-se do local, e ao dobrar a esquina do abrigo, ruma à saída da cidade, é alvejado pelas costas, por um tiro de fuzil disparado pelo soldado PM Sousa, que o perseguia correndo a pé. Estava assim, aceso o estopim do mais longo e alucinante conflito armado ocorrido nesta cidade em todos os tempos o lendário “TIROTEIO”. Em ato continuo, um motorista de Natinho, de cognome Chico Boco Torta, dirigindo um caminhão, foi superficialmente alvejado na cabeça por um tiro desferido pela arma de um policial que tentava impedi-lo de  deixar a cidade. O motorista não se deixou abater, seguiu seu intento e ao subir a ladeira do Bairro São Benedito encontra seu companheiro Zé Teixeira baleado s sangrando muito após ter caído da lambreta que usara para fugir da perseguição dos policiais. Chico coloca-o no caminhão e empreende fuga para a cidade de Bacabal, onde o leva para atendimento médico. Logo em seguida procuraram a delegacia daquela cidade onde foi feito o registro da ocorrência policial. Uma verdadeira guerra de guerrilhas desencadeou-se em plena praça e rua principal de Ipixuna. Teve inicio por volta das 4 horas da tarde, encerrando por volta das 6 horas da manhã do dia seguinte, com seções de tiros intermitentes. Suspendia-se o tiroteio, logo mais ecoava a chuva de balas cortando os céus da noite escura da cidade. Dizem os mais antigos (não se tem nenhum registro oficial dos fatos, toda a informação  é de caráter apenas Oral) que as frentes de batalha compeliam-se da seguinte forma: de um lado o pessoal da guarda Municipal, entrincheirado em um pequeno cômodo onde hoje funciona o bar do Bezerra, disparava tiros de arma de calibres diversos, contra o de Natinho e Dedeus; estes respondiam o fogo no mesmo tom, refugiados na casa de comercio do sr. Raimundo Coutinho, onde hoje mora e tem bar o se. Raimundo Gama. Neste local encontravam-se no momento do conflito, os srs.  Natinho e Dedeus; que através de seus homens de confiança revidavam  os tiros que lhes eram endereçados. Ali permaneceu “amoitado” o mentor da malfadada partida de futebol, professor Raimundo Nonato Carvalho (o Bobinho), ativista politico, que atuava na militância politicada esquerda, desde os tempos do Grêmio Estudantil da Escola   Técnica Federal do Maranhão, onde estudou e desenvolveu grande liderança. Bobinho era simpatizante da ala comandado por Natinho, com quem tinha vínculo de amizade. Passara a ser acusado como o verdadeiro responsável pelo confronto, instigando resposta à ação da guarda de Nonato Veloso. Uma outra “frente de fogo”, se posicionara nas dependências do Abrigo Municipal, Era a força policial comandada pelo Cabo PM Mandu, sob a orientação e presença do vice-prefeito, à época Lourival Raposo. Deste local a exemplo da outra frente de tiro aliada ao prefeito da cidade, que era comandada pelo delegado Antônio de Sousa, disparavam contra a casa de comercio onde os empresários  e chefes políticos se refugiaram, e de lá se defendiam contra as duas frentes de ataques, com a mesma intensidade. Defronte à casa de comércio alvejada pela polícia, encontravam-se um caminhão e um jeep de propriedade de Natinho e Dedeus, onde se entrincheiraram Artinésio, Vítor Ciano e o motorista França, que rolavam no chão para se protegerem e revidar contra os projéteis inimigos. Cada vez que Martinzão apontava a cabaça no canto da parede em que se protegia, para desferir os disparos que cobriam de terra os opositores, um franco atirador, por trás do caminhão, com um tiro arrancava um tampo do reboco do canto da parede, frente aos seus olhos, fazendo-o recuar, jogando-lhe barro no rosto, momento em que se ouvia um assecla: ”É bala de compadre  Vítor!”.  Do lado de dentro da casa vez e outra, pala janela, mais armas recarregadas chegavam às mãos dos combatentes. Eram fuzis Winchester (papo amarelo), revólveres Taurus e “Smith Wesson”.  Conta-se, sem contudo obter-se confirmação, que uma das pessoas que davam apoio no municiamento das armas era a aguerrida e saudosa professora Maria Cícera Fernandes, em apoio ao seu marido que era om dos que se expunham no campo aberto da batalha. O tempo fechou na velha Ipixuna dos memoráveis embates  políticos ...  A ordem era: quem está dentro não sai, quem está fora não entra. Viu-se filho perder-se da mãe, marido esquecer da mulher, gente a correr com poucas vestes e outros a dormir debaixo de cama. Houve caso em que inimigo se refugiou em casa de desafeto, lá tendo que passar a noite espremido no mesmo canto, respirando o mesmo ar. Foi um verdadeiro pandemônio, garantem os que viveram o dilema. Como já dizíamos, o impasse seguiu noite adentro, com intervalos, de fogo, até o dia amanhecer. Foi quando uma guarnição da policia Militar veio da cidade de Bacabal/MA, e com a presença do Deputado Estadual e ex-prefeito daquela cidade Frederico Leda, vindo a mando do poder central do Esta do, intermediou as negociações entre os conflitantes e finalmente o malfadado episódio chegara ao termino. Mostrando seu poder institucional e resgatando a autoridade do prefeito Nonato Veloso, a guarnição de Bacabal, às 09 horas do dia seguinte, conduziu, de dois em dois, até a Delegacia de Policia Local, todos os integrantes da ala politica de Natinho e Dedeus que participaram do conflito armado, inclusive estes. Por volta do meio dia, totalmente debelado o conflito e com os ânimos amenos, foram todos liberados, e a paz voltou a reinar em solo Gonzaguense. Do ocorrido, o que sempre nos causou indagação, face a natureza do acontecimento não ter ocorrido nenhuma morte ou lesão de gravidade maior. Os únicos feridos com relativa gravidade foram, por ironia, os que acenderam o estopim que detonou o conflito: o inconsequente guarda-costas e o audacioso policial.     Esse texto foi extraído das paginas do livro SANZAGA de autoria do historiador Gonzaguense Josafá  Bomfim.            
                           


15 comentários:

  1. sou filha do organizador do time da cidade de Bacabal Raimundo Andrade da Cunha(RAIMUNDINHO GANGÁ).Homem de caráter e que muito contribuiu na cidade de Bacabal foi um político de muita relevância.

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  2. Sou neto do vice prefeito da época, Lourival Raposo, homem sério e correto nos seus negócios, hoje falecido, mais concerteza contribuiu muito na época para que não acontecesse vários derramamentos de sangue, nunca abandonou seu povo, gerava emprego e renda no município e região.
    Sandro Rogério dos Santos Lago

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  3. Nessa época eu tinha 8 anos. mais me lembro minha vó escondendo eu e meus sobrinhos debaixo da cama .ficamos só ouvindo aquele barulho de armas de fogo.. hoje resido na cidade de SP.. tenho muita saudades de SLG.

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  4. Houvi meu avo hoje falecido contar, que ajudou a carregar sacas de munição para esse Tiroteio. Atravessaram matagal e agua nos lagos que dava acima do peito. Ele fazia parte do grupo do empresário Natinho. Dizem que se Natinho tem sido prefeito de Ipixuna naquela época, nossa cidade teria se desenvolvido.

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  5. Fiquei feliz em vela o amigo marcone servidor do senar um grande amigo

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  6. muito mim alegro em poder matar saudades através destas fotos históricas de são luis Gonzaga e seus moradores

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  7. min alegrei em ver o senhor Marcone do senar ,velhas recordações

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  8. voltei ao passado ao ver a foto do pontão aonde eu pulei muito de cima dele no rio mearim

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  9. sou filho de alceu martins,Manoelito. fiquei muito feliz em recordar, banhe e pulei muito do antigo burro kkkkk

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  10. Adorei as fotos Sr. Wilson

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  11. Grandes descobertas e recordações Sr. Wilson, gostei das fotos, e da historia do tiroteio...

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  12. Esse Índio que está sobrando esse saxofone, é padrinho de batismo do proprietário desses Blog, Wilson F Leite.

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  13. Para quem não conheceu o Cabo Mandu, o policial que comandou o histórico tiroteio aqui em São Luís Gonzaga em 1963, na foto, ele é o primeiro da direta para a esquerda de camisa estampada.

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